O fluido refrigerante não é consumido e não sofre desgaste ao cumprir o seu papel de “Uber” da carga térmica. Ele é apenas a substância que evapora e condensa dentro do equipamento de refrigeração promovendo a troca de temperatura. Se pensarmos no corpo humano, por exemplo, o refrigerante não assumiria o lugar combustível da comida, e sim o lugar de controle da temperatura do sangue.
Os refrigerantes não gastam porque são produtos muito estáveis. Isto é, os átomos são feitos para não se separarem dentro das condições de funcionamento dos sistemas nos quais são utilizados. A composição dos fluidos refrigerantes da família dos halogenados é a combinação de átomos de Carbono, Flúor, Cloro e Hidrogênio, por isso, CFC’S, HCFC’S, HFC’S, etc.. Estes átomos depois de combinados em quantidades diferentes, formam os diversos refrigerantes que conhecemos: Exemplos: CCl3F (R-11), CCl2F2 (R-12), CHClF2 (R-22), C2H2F4 (R-134a)
No entanto, temperaturas críticas podem desestabilizar sua estrutura. Dessa forma, é seguro dizer que dentro dos equipamentos de refrigeração o cenário mais provável para danificar o refrigerante por alta temperatura seria a queima do compressor. Vale ressaltar que mesmo nesse caso, é possível regenerar o refrigerante para que ele volte ao seu estado de novo, isto é, dentro das normas AHRI/700.
Quando gases refrigerantes são retirados de compressores queimados, podem haver substâncias ácidas no fluido formadas pela decomposição da parte do refrigerante que sofreu alta temperatura. Nesse caso, a regeneração se torna obrigatória, já que esse ácido vai impedir que o refrigerante cumpra o seu papel, vai corroer o sistema e criar vazamentos que vão prejudicar o funcionamento do seu equipamento e gerar altos custos de manutenção.
Regenerar fluidos refrigerantes contaminados faz bem para o seu bolso, para a economia do país, para o equipamento de refrigeração e para o meio ambiente. Não jogue refrigerantes fora, descarte corretamente.